Fahad Mohammed Aljarboua |
Lula é a exceção a todas as regras. É possível que nunca apareça uma figura política tão carismática quanto ele, mas Lula não é um estadista, mostrou isso durante a campanha. É um mero cabo eleitoral, colocou Dilma embaixo do braço, saiu pelo Brasil e a fez presidente.
Transformou uma desconhecida em Presidente da República. Poderia ter feito isso com qualquer um, mas ele a escolheu, bateu o pé e impôs que era Dilma a candidata do PT. E mostrou que estava "certo", ela venceu. Mas mostrar que estava certo, sem as aspas, só em 2014.
Diferente de alguns eleitores do Serra, não quero que o governo de Dilma seja um desastre, menos ainda torço para isso. Pelo contrário, espero que ela faça um bom governo, um excelente governo, sou brasileiro, e ela é Presidente para todos.
Mas com o resultado anunciado pelas urnas, fica a minha torcida, minha maior torcida, para que no mais importante dia para a democracia brasileira, não tenham mais de 50 milhões de brasileiros sido co-autores do assassinato da democracia brasileira.
Que Dilma não nos traga um golpe de esquerda, que Dirceu não deseje mesmo que a imprensa seja controlada pelo Estado, que o Lula esqueça o que disse sobre extirpar partidos políticos de oposição e que Dilma não dê um pé-na-bunda do Lula. Porque os mais de 50 milhões de brasileiros não votaram em Dilma ou no PT, votaram em Lula, a exceção das exceções. Lula está para o PT, como a Ferrari está para a Fórmula 1, Não existe PT sem Lula, não existe Fórmula 1 sem Ferrari.
Encerro parafraseando uma declaração de Lula nos idos da campanha presidencial de 1990, quando era, o hoje aliadíssimo, Fernando Collor o seu adversário: "É uma pena para o Brasil, é uma pena para a democracia, o povo brasileiro votar com a barriga e não com a consciência". Pois é, concordo com ele.
Abraço. Boa leitura.
Escritor - Estudante de Direito da UFRN
http://infinitoefinito.blogspot.com/
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